"Faz de conta que ela nao estava chorando por dentro -
pois agora mansamente, embora de olhos secos,
o coração estava molhado;
ela saíra agora da voracidade de viver."
- Clarice Lispector -
Hoje eu chorei... e foi péssimo! Tem dia que é bom chorar... alivia, desafoga e ajuda a demonstrar o que vem de dentro e não encontra palavras. O choro pode ser legítimo e é muitas vezes aconselhável. No geral, eu aprovo o choro! Hoje não... eu chorei (e ainda estou chorando) e está péssimo! Me sinto vulnerável, fraca, desvelada... como se alguém tivesse me achado onde eu imaginei estar escondida, protegida... Chorei e perdi o argumento. Desconcentrei e esqueci minhas defesas, minhas "desculpas". Prostrei e assisti ao meu próprio desastre. Chorei como uma "mulherzinha" (no sentido pejorativo, vergonhoso, humilhante). Fui "mulherzinha" (ou poderia ser "fui homenzinho"... o sentido não é este) enquanto o que eu gostaria era de ter sido "mulher"... mulher corajosa, independente, forte, dona de si, da própria vida, bla bla bla... não vou enumerar pra não deprimir nem me desvelar ainda mais!
Chorei. Choro. Fraca! Meio idiota. Meio burra. Meio boba. Mas, ok... a discussão mexeu comigo SIM. Uma inocente (???) conversa de mesa de bar sobre "o que entendemos sobre Relação de Gênero" foi capaz de uma reviravolta (mesmo que momentânea), cutucou feridas, remexeu assuntos delicados... sobrou para os mais fracos... no caso... eu e a carapuça... eu e dependência... eu e a acomodação... eu e meus discursos... eu e a vontade de estar vivendo outro momento... mais ativo, de mais sucesso, de mais reconhecimento, e outro bla bla bla... novamente sem enumerar pra (tentar) não deprimir. Não quero ser alguém que fala e não faz... ou pior... alguém da turma do "faça o que eu falo, etc..." Não! Não!
Tá tarde. Vou dormir. E parar por aqui pra não piorar as coisas!
Chorei. Choro. Fraca! Meio idiota. Meio burra. Meio boba. Mas, ok... a discussão mexeu comigo SIM. Uma inocente (???) conversa de mesa de bar sobre "o que entendemos sobre Relação de Gênero" foi capaz de uma reviravolta (mesmo que momentânea), cutucou feridas, remexeu assuntos delicados... sobrou para os mais fracos... no caso... eu e a carapuça... eu e dependência... eu e a acomodação... eu e meus discursos... eu e a vontade de estar vivendo outro momento... mais ativo, de mais sucesso, de mais reconhecimento, e outro bla bla bla... novamente sem enumerar pra (tentar) não deprimir. Não quero ser alguém que fala e não faz... ou pior... alguém da turma do "faça o que eu falo, etc..." Não! Não!
Tá tarde. Vou dormir. E parar por aqui pra não piorar as coisas!
Ps: Baqueei.
Que droga!
Sobreviverei??
Amanhã eu volto e conto!
Que droga!
Sobreviverei??
Amanhã eu volto e conto!
Sobreviverá, não se preocupe!
ResponderExcluirSempre sobrevivemos...
... á tudo e todos...
sempre!
Que lembranças ruins este post me trouxe, amiga...
ResponderExcluirMas as lembranças sempre são importantes, mesmo as mais tristes.
Beijo.